sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Evolução Literária / Introdução à Literatura

Índice

1 Literatura de Informação
2 Barroco
3 Arcadismo
4 Romantismo
4.1 Poesia
4.2 Prosa
5 Realismo
5.1 Naturalismo
6 Parnasianismo e Simbolismo
7 Pré-Modernismo
8 Modernismo
9 Tendências Contemporâneas
9.1 Poesia
9.2 Prosa

INTRODUÇÃO À LITERATURA

A literatura brasileira, considerando seu desenvolvimento baseada na língua portuguesa, faz parte do espectro cultural lusófono, sendo um desdobramento da literatura em língua portuguesa. Ela surgiu a partir da atividade literária incentivada pelo Descobrimento do Brasil durante o Século XVI. Bastante ligada, de princípio, à literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos romântico e realista e atingido o ápice com a Semana de Arte Moderna em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Cecília Meireles.
A literatura produzida no Brasil possui papel de destaque na esfera cultural do país: todos os principais jornais do país dedicam grande parte de seus cadernos culturais à análise e crítica literária, assim como o ensino da disciplina é obrigatório no Ensino Médio

A Literatura de informação é um segmento do Quinhentismo, que é a denominação das manifestações literárias ocorridas em território brasileiro durante o século XVI. Além da Literatura de Informação, foi de destaque ao Quinhentismo a chamada Literatura dos Jesuítas. Iniciou-se no Brasil e durou de 1500 à 1601.


Características básicas da literatura de informação

Baseava-se nos padrões estéticos medievais, entretanto, nas crônicas de viagem, como também eram chamados os textos produzidos neste momento histórico, os valores do classicismo são evidentes:as obras eram lidas principalmente na Espanha e em Portugal, para satisfazer a curiosidade dos europeus sobre a Nova Terra e, como não poderia se deixar de ser, escritas por comerciantes, militares e viajantes também europeus, que, em sua maioria, desejavam enriquecer facilmente.
Nas obras era evidente a opinião do autor;Sempre achando que a nova colônia representava uma grande fonte de lucro para os cofres portugueses.
Registra o impacto da nova terra sobre o europeu descobridor ou observador.

Foi dividida em três classes:
Prosa
Poesia
Teatro

Historicamente, havia a contínua ascensão do mercantilismo, que surgira já havia algum tempo em Portugal. Esta nova realidade econômica fez com que se desenvolvesse, no País, um avanço tecnológico náutico significante, propiciando, ainda no século XV, o início das Grandes Navegações. Entre estas, no último ano do então século, Pedro Álvares Cabral chega ao Brasil, iniciando, desta forma, a introdução da cultura européia no novo continente.
O valor literário não é tão salientado quanto o valor histórico, uma vez que fornece aos leitores o retrato da ideologia da época, tal como a impressão dos colonizadores quanto à natureza e clima tropical brasileiro. Além destes, há também o primeiro contato do europeu com os nativos indígenas locais, retratando-os.
Curiosamente, pela tamanha exaltação à fauna e flora, assim como da nova terra em geral, criava-se, naquele momento, um mero princípio de sentimento nativista, que explodiria completamente no Romantismo, durante o século XIX.
O principal representante desta escola literária foi Pero Vaz de Caminha, com sua Carta a El-Rei Dom Manuel sobre o descobrimento do Brasil. Houve outros escritores do estilo, porém com temáticas quase idênticas entre si, no qual relatavam a fauna e flora locais, assim como o clima e solo, com objetivos principais ligados ao mercantilismo.
Caminha destacou-se por ser considerado a visão primordial da Europa sobre o Brasil, relatando, inclusive, os primeiros contatos dos lusitanos com os indígenas brasileiros.

Principais Cronistas
Pero Vaz de Caminha
Pero de Magalhães Gândavo
Manuel da Nóbrega
José de Anchieta
Gabriel Soares de Sousa
Primeiras Manifestações Literárias

RESUMO

No século XVI, diversos viajantes europeus estiveram no Brasil e registraram suas impressões. Escreveram basicamente depoimentos e relatos de viagem que tinham por objetivo apresentar aos compatriotas um panorama do Novo Mundo. Concebidos sob a forma de cartas, tratados, diários e crônicas, esses textos são conhecidos como literatura de informação. O primeiro e mais famoso exemplo é a Carta, de Pero Vaz de Caminha, em que o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral descreve ao rei D. Manuel I as características geográficas e humanas da terra recém-descoberta.
Os principais viajantes do período foram portugueses e religiosos enviados ao Brasil para catequizar os índios. Alguns deles, como os jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, produziram obras de fundamental importância para o desenvolvimento da vida colonial. Houve também viajantes alemães, como Hans Staden, e franceses, como Jean de Léry e André Thevet, que deixaram importantes documentos sobre a experiência nas novas terras.

CONTEXTO

O conjunto dos primeiros textos escritos no Brasil, produzidos no período imediatamente posterior à chegada dos portugueses, em 1500, até o ano de 1601, é conhecido como "literatura de informação", "textos de informação" ou "primeiras manifestações literárias", termo proposto pelo crítico Antonio Candido para se referir a essa produção do período formativo, anterior à constituição de uma literatura brasileira. São obras de reconhecimento e valorização da terra escritas por jesuítas, viajantes estrangeiros e colonizadores portugueses encarregados de enviar relatos sobre a nova terra ao rei de Portugal.
O marco inicial da literatura escrita pelo colonizador português é a Carta de Pero Vaz de Caminha. Logo depois da independência, em 1822, quando os intelectuais brasileiros procuravam símbolos para a nacionalidade, esse documento passou a ser considerado a certidão de nascimento do Brasil. Nele, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral relata o achamento do Brasil ao rei D.Manuel, exaltando as belezas naturais, a docilidade exótica das populações indígenas, o potencial mercantil da nova terra e sobretudo a possibilidade de expansão do Cristianismo. Em sentido abrangente, a carta é um modelo do tipo de crônica que se praticava na época. Gênero histórico associado ao Quinhentismo português, a crônica consistia num relato histórico, geralmente apresentado em ordem cronológica, produzido por escritores contratados pelos reis.

ESTILO
CARACTERISTICAS GERAIS

Concebidos em grande parte para o leitor europeu, os textos desse período têm caráter eminentemente informativo, documental ou religioso e aparecem em formas variadas: cartas e informes em torno de condições da colônia, roteiros náuticos, relatos de naufrágios, descrições geográficas e sociais, descrições da natureza e dos povos nativos, autos para a catequese dos indígenas e até sob a forma de epopéias com assunto local. A curiosidade geográfica e humana, o desejo de conquista e o deslumbramento diante da paisagem exótica e exuberante do país são a tônica dos textos produzidos ao longo do século XVI.

AUTORES

Nessa fase em que a literatura colabora para a consolidação da conquista do território e do domínio português, o mesmo interesse "desbravador" une leigos e religiosos. Entre os primeiros registros escritos sobre a nova terra, chamada Terra de Vera Cruz, Santa Cruz, dos Canibais, do Pau-Brasil, entre vários outros nomes, destacam-se os relatos dos cronistas portugueses Pero Vaz de Caminha, Pero de Magalhães de Gandavo e Gabriel Soares de Sousa, além das narrativas de viajantes franceses e alemães, como de Jean de Léry, autor de Viagem à Terra do Brasil (1578), e Hans Staden, que escreveu Duas Viagens ao Brasil (1557).

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